Convidamos à todos para dar uma passadinha para conhecer, lá tem nossos trabalhos de fotos digitais, não deixem de visitar! http://www.fotoemania.blogspot.com/
Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloE com cinco ou seis retas é fácil fazer um casteloCorro o lápis em torno da mão e me dou uma luvaE se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuvaSe um pinguinho de tinta cair num pedacinho azul do papelNum instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.Vai voando, contornando a imensa curva norte e sulVou com ela viajando o Havaí, Pequim ou IstambulPinto um barco à vela branco navegandoé tanto céu e mar num beijo azul.Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grenáTudo em volta colorindo com suas luzes a piscarBasta imaginar e ele está partindo, sereno e lindoE se a gente quiser....... Ele vai pousar.Numa folha qualquer eu desenho um navio de partidaCom alguns bons amigos, viajando de bem com a vidaDe uma América a outra eu consigo passar num segundogiro um simples compasso e num círculo eu faço o mundoUm menino caminha e caminhando chega no muro e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está.E o futuro é uma astronave que tentamos pilotarNão tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegarSem pedir licença muda nossa vidae depois convida a rir ou chorarNessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai darVamos todos numa linda passarelade uma aquarela que um dia em fim descolorirá....Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo ... (que descolorirá)e com cinco ou seis retas é facil fazer um castelo ... (que descolorirá)Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.(e descolorirá)
Minhas montagens
Quando eu era nenê...
Andador
Praia
Meu primeiro ano de vida.
A missão do anjo Serafim
Entre os anjos do céu havia um que se chamava Serafim e que era um anjo de primeira grandeza, mas, era meio da esquerda. Vivia fazendo brincadeiras com os amiguinhos. Puxava as trancinhas das anjinhas, prendia as asas dos outros anjos com pregadores transparentes, fazia “buuuuuuu” para assustar São Pedro, na portaria do céu, e colocava nuvens na Lua para apagar o brilho. Mas, mesmo sendo peralta, era muito querido do anjo Guardião, responsável pela ala em que viviam os anjos.
Um dia Deus chamou o Guardião à Sua sala. Os megafones do céu retumbaram:
- Atenção, senhor Guardião dos anjos, compareça à sala do Altíssimo!
Esse chamado foi repetido várias vezes. O Guardião tomou conhecimento. Arrumou a sua vestimenta, aprumou as asas, ajeitou a auréola de luz da sua cabeça, iluminou o rosto com um sorriso e lá se foi para a sala do Pai.
Chegou. A porta, entreaberta, mostrava o brilho da magnificência de Deus. Bateu timidamente. A voz grave veio lá de dentro:
- Entre, meu filho!
O Guardião entrou e viu na face do Pai toda a bondade, toda a placidez que existe no universo. Então ele disse:
- Pai, estou aguardando suas ordens!
O Pai o chamou para perto de si e, sorridente, cochichou algo ao seu ouvido. Depois disse enfático:
- Que se cumpra!
Enquanto isso, na ala dos anjos havia um forte burburinho. O quê seria que Deus queria conversar com o anjo Guardião? Neste momento entra o Guardião, muito sério.
- Crianças, o Senhor destinou uma tarefa para um de vocês. Não será fácil porque a tarefa não será no céu, será na Terra.
Ouviu-se, em uníssono, o “oh” dos anjos. Realmente será uma missão quase impossível. Humanos não são fáceis. E o anjo? Qual deles estava designado para essa tarefa? Mais uma vez, ouviu-se a voz do Guardião:
- O anjo escolhido por Deus é o anjo Serafim... – Nesse momento a falange fez: - “chiiiiiiiiiii!” - eles não botavam fé no pobre do Serafim. O Guardião continuou a falar:
- O anjo escolhido tem a missão de salvar as baleias dos mares da Terra e tem sete dias para fazer o trabalho.
Um anjo curioso perguntou:
- Por que Deus quer que sejam salvas as baleias?
- Porque elas fazem parte do equilíbrio do ecossistema do planeta. Cada animal, cada planta, cada macro e micro organismos são um elo da corrente. Rompido um elo, todo o sistema desaba. O ecossistema da Terra já está quase falido porque o homem não sabe cuidar da casa que Deus lhe deu.
E Serafim desceu para a Terra para cumprir sua missão. Assustou-se com o movimento de carros, tossiu com o ar poluído, viu a devastação das matas, a erosão do chão, tremeu diante da poluição das águas e até chorou quando viu a enormidade de lixo boiando em rios e mares. Já estava no terceiro dia. Partiu para o oceano para conhecer as baleias.
Ficou com o coração partido ao ver aqueles barcos com homens arpoando os enormes animais. Ficou pairando no ar imaginado como ele, tão pequenino, poderia salvar aquele imenso animal, caçado por outro de menor porte. Já estava no sexto dia e ele ainda não sabia como fazer para salvar as baleias. Voltou para a terra. Ficou invisível no cais, vendo e ouvindo as pessoas. Foi neste momento que chegou um grupo indignado com aquela matança.
- Veja, - dizia uma mulher – a baleia azul, a baleia orca e a cachalote, já tiveram diminuída a sua população nos oceanos.
E ficaram contando as baleias mortas que eram descarregadas no cais.
Então Serafim teve uma idéia. Aproximou-se do grupo e intuiu (soprou), no ouvido de uma das pessoas, a idéia:
- Pessoal, já sei como vamos acabar com isso!
- Como? – perguntou um homem alto e forte.
- Vamos partir para o mar em barcos, botes, seja lá o que for, com megafones no último volume, ficaremos na frente do baleeiro e só sairemos quando eles desistirem. Se algum de nós morrer, será por uma causa justa.
E assim foi feito. Embora não tenham acabado, totalmente, com a mortandade de baleias, ela diminuiu um pouco. Foi muito trabalho. Muita luta com os países que defendem a pesca sem limites das baleias.
Isto aconteceu no sétimo dia da missão de Serafim. Feliz ele voltou para o céu. Toda a falange (coletivo de anjos) estava em festa. Tinha sido cumprida a ordem de Deus. O anjo Guardião entregou a medalha de “honra ao mérito” a Serafim, sob os aplausos de todos. Depois da recepção, o Guardião pegou Serafim pela mão e foi subindo com ele para a esfera mais alta do céu, onde habita o Pai, porque, a partir daquele instante, Serafim tornou-se um dos anjos que estão à direita de Deus.
Filhos.
Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre, e, às vezes, com alardeada arrogância.
Mas não crescem todos os dias de igual maneira.
Crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas
daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha
que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil...
E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!
Ali estão muitos pais ao volante,
esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas,lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração:
incômodas mochilas da moda nos ombros.
Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância,
e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao Shopping,
não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos.
Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma
e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos.
Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito(nessa hora, se a gente tinha desaprendido,
reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca
de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar:
qualquer hora podem nos dar netos.
O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho.
Os netos são a última oportunidade de re-editar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos depois que somos pais...
“Só aprendemos a ser pais depois que somos avós...”
Um comentário:
Que menino forte....e lindo!!!
Carlos que se cuide!!!!
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